quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Natal com Beatles!

Há quem goste, há quem não... mas é impossível passar por essa época do ano sem pensar no Natal!

Top 5 músicas de Natal!


1 - Christmas Time (Is Here Again) – The Beatles (1966)


2 - Wonderful Christmas Time – Paul McCartney (1979)


3 - Christmas Eve – Ringo Starr (1999)


4 - Happy Xmas (War is Over) – John Lennon (1972)


5 - E como George Harrison não lançou nada sobre o natal, mais Beatles...




















quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Se você estivesse aqui hoje...

...teríamos mais...


JOHN LENNON (09/10/1040 - 08/12/1980)















sábado, 4 de dezembro de 2010

Nas tardes de sábado...

...é bom ouvir discos! Não música em clips ou rádios, não em coletâneas... mas discos! Aqueles que foram pensados e concebidos para serem ouvidos da primeira à última faixa! Álbuns! Sejam conceituais ou não... para mim o sábado à tarde é o melhor momento para se fazer isso...

Aqui vai uma lista de 5 discos que eu mais ouvi nas tardes de sábado...

Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band – The Beatles

A obra-prima do rock´n´roll! Quando eu quero ouvir alguma coisa diferente, começo aqui. É sempre diferente...

Let It Bleed – The Rolling Stones

E os Stones começam a entrar nos anos 70, ainda nos 60. Contém algumas das melhores músicas deles como Gimme Shelter, Midnight Rambler, Monkey Man, You Can’t Always Get What You Want e a versão alternativa de Honky Tonk Womam (Country Honk).

IV – Led Zeppelin

Esse é bom em qualquer tarde, mas Going To California, The Battle Of Evermore e Stairway To Heaven são excelentes condutores para qualquer viagem vespertina... When The Levee Breaks é um final arrebatador para o Zeppelin no seu melhor!


V – Legião Urbana

E a Legião deixava de ser só adolescente e politicamente correta para entrar de cabeça no rock progressivo, o resultado está nos fantásticos 11 minutos de Metal Contra As Nuvens, nos quase 8 de A Montanha Mágica e, de brinde, L’Âge d’Or.

Tumbleweed Connection – Elton John
Comprado numa manhã de sábado e ouvido pela primeira vez numa tarde de sábado. Esse é um dos poucos discos de Elton John nos anos 70 que não tem um hit mundialmente famoso. É o meu favorito e não tenho a menor ideia de quantas vezes o escutei... Amoreena emociona!

sábado, 27 de novembro de 2010

Nas manhãs de sábado...

... eu costumava sair de casa em direção ao terminal, pegava um ônibus, a viagem durava em torno de 30 min e desembarcava na Av. Conde da Boa Vista, em Recife.

Costumava visitar as lojas alternativas de discos com Vinil, O Disco de Ouro, Blackout, Flowers ou as convencionais como Aky Discos, Lojas Americanas, Livraria Cultura, etc. Aproveitava para ir ao sebo também, primeiro o que ficava próximo ao antigo Cinema Trianon (an0s 90) e depois aos próximo ao prédio do INSS.

Era praticamente impossível voltar pra casa de mãos vazias, sempre encontrava alguma coisa que me interessava... se não fosse algum disco que procurava, dava uma chance a algum artista que eu não conhecia bem ou aquele disco que li que era bom e precisava constar na discoteca de um apreciador.

Essas buscas eram intercaladas com observações sobre as pessoas comprando num sábado de manhã, o ritmo era outro; a maneira como se vestiam também; a presença de muitas crianças com pais indicando que não era um dia de semana normal... tudo isso intercalado com a visão do Rio Capibaribe, das pontes Duarte Coelho, de Ferro ou Maurício de Nassau...

Hoje eu não posso mais fazer isso porque resido numa cidade que não tem livraria, o sebo consiste em duas pequenas lojas, o único lugar que vende cd tem apenas “os sucessos do momento” e não há loja online ou download (que eu nem gosto) que diminua a saudade das minhas manhãs de sábado em Recife.

Saudade das minhas manhãs de sábado em Recife...





quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Argentina x Brasil?!?!? Claro que não...

E a gente sempre compara? Acho que sim!

Sempre tive uma péssima impressão dos argentinos, nunca entendi muito bem o porquê ou a origem disso, mas sempre os vi como rivais. Torcia contra e me sentia até feliz com a tristeza deles.

Mas numa viagem a Buenos Aires, algumas impressões mudaram... aqui vão cinco observações superficiais sobre eles (estive em Buenos Aires por apenas uma semana)

1 – Argentino gosta mais de futebol que brasileiro;

2 – argentino lê muito mais, mas muito mais que brasileiro;

3 – argentino ama muito mais a Argentina que o brasileiro ama o Brasil;

4 – na Argentina, comprar CD, DVD, roupa ou comida é mais barato. Bebida é absurdamente cara e

5 – os brasileiros, em geral, são grosseiros com os argentinos. Os argentinos, em geral, são corteses com os brasileiros.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Paul McCartney em Buenos Aires!

Mais duas noites memoráveis assistindo ao maior show de rock da Terra! Paul McCartney ao vivo em Buenos Aires!

Algumas coisas já são “rotina”, antes do show temos o vídeo com imagens dos anos 60 dando ênfase a Paul, claro. Goodnight Tonight, Temporary Secretary e Say, Say, Say são a trilha sonora para depois clássicos dos Beatles nas vozes de outros artistas ganharem destaque. Termina o vídeo, as luzes se apagam e, em seguida, um sorridente Paul McCartney aparece acenando para a platéia, os belíssimos acordes de Venus And Mars começam, a partir daí, três horas ininterruptas de clássicos mundiais.

O disco Band On The Run, relançado recentemente, ganha destaque com 5 das suas nove músicas sendo executadas. Mas são os Beatles quem mais aparecem, Paul apresenta All My Loving, I’ve Got A Feeling, Eleanor Rigby, Let It Be, Day Tripper, Lady Madona, Helter Skelter, rege um coro com mais de 50 mil vozes em Hey Jude, homenageia George Harrison com Something; John Lennon com Here Today e toca uma versão esplendorosa de A Day In The Life.

O ponto alto é Live And Let Die e sua pirotecnia! Inesquecìvel, fantástica!

Na segunda noite, Paul incluiu, para a surpresa de todos, Bluebird (mais uma do Band On The Run) e abriu o show com Magical Mystery Tour! Destaque ainda para Sing The Changes e Highway do seu último trabalho sob o pseudônimo de The Fireman. Paul consegue dominar o violão, piano, guitarra, ukelele, baixo e com seus 68 anos impressiona pelo vigor da sua voz, qualidade dos arranjos e domínio do público. Faz um excelente uso dos seus mais de 50 anos de experiência no palco.

Eu só tenho a agradecer a Paul por ainda estar produzindo e tocando em tão alto nível, agradecer também ao fato de hoje poder fazer essas estripulias financeiras (eu ainda nem sei como vou pagar tudo) e lamentar por não estar presente nas apresentações no Brasil (em Porto Alegre e São Paulo).

Sonho mais do que realizado! Aliás, o grande sonho musical mais que realizado!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Hoje é o dia de vocês!

Felizmente, eu não convivi muito com a morte. Poucas pessoas do meu convivio se foram, porém algumas que eu nunca conheci causaram um impacto na minha vida e, de alguma maneira, senti suas mortes. Gostaria que estivessem vivas agora, principalmente porque teriam idade para isso... Provavelmente, o mundo seria um melhor lugar com elas...

Vamos lembrá-las...

Carl Wilson (1946-1998) – a melhor voz dos Beach Boys; Cássia Eller (1962-2001) – Rock´n´Roll em todos os aspectos; Christopher Reeve (1952-2004) – eu acreditava que um homem podia voar; George Harrison (1943-2001) – meu Beatle preferido;

Jimi Hendrix (1942-1970) – o maior guitarrista de todos os tempos; John Lennon (1940-1980) – !!!!!!!!!!!!;Mussum (1941-1994) – O trapalhão;

Renato Russo (1960-1996) – a Legião Urbana;

Richard Wright (1943-2008) – meu Floyd favorito e

Syd Barrett (1944-2006) – A psicodelia em forma de melodia

domingo, 31 de outubro de 2010

Presidente!

Se votou ou torceu para Dilma, comemore, se fez o mesmo para Serra esse é o momento para pensar no país.

Parabéns e Boa Sorte para Dilma e, principalmente, para o Brasil!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

De Volta para o Futuro – A Trilogia

Sempre tem aquele filme que a gente vê tantas vezes quanto sejam possíveis. Paramos de mudar o canal quando ele surge na tela, vemos em DVD, colecionamos pôster, fotos e o que mais for possível. Eu tenho alguns assim na minha lista... Um deles é De Volta para o Futuro (e claro suas duas continuações)

Clássico absoluto da Sessão da Tarde! Lembro que vi o primeiro no Festival 25 anos da Rede Globo! Depois vi o terceiro no majestoso cinema São Luiz em Recife e o segundo locando em VHS. Se eu disser que assisti mais de 50 vezes os três filmes não é exagero, uma vez que vejo desde criança e já tive edições copiadas de VHS para VHS (quando conectávamos dois videocassetes), versões gravadas da TV e os boxes em DVD.

A série está completando 25 anos e estava aqui pensando sobre ela.

O primeiro filme tem a cara dos anos 80, o jovem Marty McFly acidentalmente volta 30 anos no tempo numa máquina desenvolvida por um louco cientista; conhece sua mãe (que faz coisas que depois viria a recriminar); fica amigo do seu pai; se mete numa confusão que pode acabar com sua existência, mas consegue resolver tudo e, de quebra, melhora consideravelmente a auto-estima do pai que deixa de ser um abestalhado para se tornar um escritor renomado.

Numa das raras vezes em que a sequência é melhor que o original, De Volta para o Futuro – Parte 2 fazem Marty, Jennifer e Doc avançarem 30 anos no futuro, depois voltam para 1985 (diferente) e vão novamente para 1955. A parte mais interessante é o futuro limpo, tranqüilo e politicamente correto, bem diferente do que era apresentado nos filmes de ficção da época.

E analisando algumas coisas dos dias atuais, lembrei que o Ipad se parece com o instrumento em que Marty assina uma petição; Tubarão 19 não é exagero quando temos 11 continuações de Sexta-Feira 13, 9 de A Hora do Pesadelo ou 7 sequências de Jogos Mortais. Creio que os carros voadores sejam mais difíceis de existirem em 2015, mas a onda de filmes 3D, tela de plasma e videoconferência caseira foram quase uma premonições em 1989!

Na terceira etapa, temos uma das aventuras mais empolgantes e hilárias no velho oeste. Uma homenagem a um estilo que estava fora de moda na época. Marty, Doc vão para 1955 1885 e 1985 em menos de 2 horas de projeção! Hill Valley, a cidade fictícia era perfeita para essas andanças temporais.

Nos três filmes, Marty se vê com problemas envolvendo a família Tunnen, Biff, Griff e Mad Dog; estão presentes também os Stricklands e sua vontade de manter a ordem; participa de fugas envolvendo skates; é acordado pela mãe dizendo ter sonhado com viagens no tempo e modifica alguns detalhes da história de Hill Valley.

A série encerra-se praticamente sem furos no roteiro. O Marty que inicia no primeiro filme não é o mesmo que termina o terceiro, ele passou por muita coisa, se viu mais velho; viu seus pais; seus filhos; seus ancestrais e sua cidade em 4 momentos históricos distintos. O Doc Brown, um dos personagens mais inesquecíveis da história do cinema não é apenas um coadjuvante, ele é fundamental em toda a jornada. Biff é um dos vilões mais legais, daqueles que a gente cria até uma afetividade de tão caricato.

Cenas como Biff dando cascudos em George McFly e dizendo “Hello, tem alguém aí? Pensa McFly, pensa”; Doc Brown quase servindo como condutor do raio que gera energia para a máquina do tempo em 1955; Marty “apresentando” Johnny B Good para uma platéia que ainda não estava preparada ou ainda encontrando sua mãe no 1985 alternativo em que ela está casada com Beef e seu pai morreu; Doc se apaixonando no velho oeste; o trem voador e tantas outras cenas são inesquecíveis... Tudo isso com uma trilha sonora pungente e efeitos especiais que ainda hoje são convincentes...

Bateu agora uma vontade de assistir a eles novamente...

Elenco:

Michael J. Fox - Marty McFly, Marty McFly Jr.; Seamus McFly

Christopher Lloyd - Dr Emmett "Doc" Brown

Thomas F. Wilson - Biff Tannen; Griff Tannen; Buford "Mad Dog" Tannen

Lea Thompson - Lorraine Baines McFly; Maggie McFly and

Crispin Glover - George McFly

Elisabeth Shue - Jennifer Parker

James Tolkan - Mr. Strickland; Marshal James Strickland

Mary Steenburgen - Clara Clayton

Billy Zane - Match

Casey Siemaszko - 3-D

J.J. Cohen - Skinhead,

Flea - Douglas J. Needles

Directed by Robert Zemeckis

Produced by Neil Canton; Bob Gale;

Executive producers: Steven Spielberg; Kathleen Kennedy; Frank Marshall

Written by Robert Zemeckis: Bob Gale

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Maccamania!

Ingressos esgotados em minutos! Gente de todo o Brasil indo para Porto Alegre e São Paulo para ver os 3 shows que Paul McCartney fará no Brasil, de crianças a idosos, numa alusão ao fenômeno de 1964 nos EUA, o Brasil vive sua particular Maccamania!

Em 1990, Paul trouxe a sua Get Back Tour para dois shows antológicos no estádio do Maracanã no Rio de Janeiro nos dias 19 e 21 de abril. Um dos shows entrou para o Guinness Book por ter mais de 180 mil pessoas pagando para uma apresentação solo. Paul chegava ao Brasil pela primeira vez causando grande alvoroço. Todos os órgãos de imprensa deram larga cobertura. A Rede Globo transmitiu o show que até hoje é bootleg obrigatório para os fãs.

Em 1993 ele voltou ao Brasil com a The New World Tour e tocou no estádio do Pacaembu em São Paulo no dia 3 de dezembro e dois dias depois na Pedreira Paula Leminski em Curitiba. Não causou o mesmo impacto das apresentações anteriores, mas os shows foram excelentes.

Em 2010, Paul vem trazendo sua Up And Coming Tour, que já esteve nos EUA, Canadá, Porto Rico e México. Além dos shows no Brasil – dia 7 de outubro em Porto Alegre e 21 e 22 do mesmo mês em São Paulo, ele ainda fará dois shows na Argentina!

Depois do privilégio que tive assistindo seus shows em San Francisco e Salt Lake City, recomendo a todos que façam o esforço necessário para assisti-lo. É um dos maiores espetáculos da terra! Paul com mais de 68 anos apresenta o melhor setlist da sua carreira e ainda vem relançando uma de suas obras-primas, o disco Band On The Run (1973).

Paul McCartney welcome back!


sábado, 9 de outubro de 2010

JOHN LENNON

Ele saiu de uma cidade portuária da Inglaterra para se tornar um dos seres humanos mais famosos da história!

John Lennon se estivesse vivo, hoje faria 70 anos!

Eu realmente não tenho como colocar em palavras o impacto da sua obra na minha vida, então deixo aqui apenas registrado a saudade de alguém que eu não conheci, que eu nunca vi, mas que sempre admirei!

John Lennon - 09/10/1940!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

No Brasil é assim, tu não sabes!

Quer assistir ao show de Paul McCartney no Brasil? Caso não more em Porto Alegre ou São Paulo prepara-se pra viajar, até aí tudo bem, quem mora no Norte, Nordeste ou Centro-Oeste já está acostumado! Quer um bom local pra ver o show, prepare-se para desembolsar até 700 reais! Um absurdo! E isso não te garante estar perto dele porque na tal pista prime todos ficam em pé e pra conseguir um lugar pra vê-lo de perto precisa madrugar no estádio e se preparar pra correr quando os portões abrirem e estar disposto a ficar algumas horas sem ir ao banheiro!


Mas o pior é saber que você pode não conseguir o ingresso! O maior absurdo de todos! Vendas casadas! Em Porto Alegre para comprar os ingressos na tal “pré-venda” era preciso ser assinante de uma cadeia de jornais gaúchos ou sócio do Internacional Futebol Clube! Em São Paulo, precisa ter cartão de crédito de um grande banco!


Absurdo!


Mas me disseram “No Brasil é assim, tu não sabes”. Infelizmente quem me disse está certo. Infelizmente no Brasil é assim!


Assisti a dois shows dele nos EUA esse ano e comprei os ingressos sem nenhuma dificuldade ou obrigação. Cheguei ao estádio e fui calmamente para meu lugar próximo ao palco. Vi Paul McCartney de perto e pagando bem menos. Pulei, cantei, me emocionei, inesquecível!


No Brasil é assim... Os shows serão fantásticos! É o alento!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Prazeres Musicais!


E quem entende o prazer de comprar um disco? Não falo do lançamento da novela ou dos maiores sucessos do seu artista preferido e sim aquele disco, aquele fora de catálogo, aquele que gravadora não fabrica mais há anos! Aquela edição especial com uma música bônus, não importa que seja um ensaio e que o som esteja péssimo, você paga até o dobro só pra ter aquela música mal tocada e mal gravada. E quando encontra o disco com o preço bem abaixo do que vale? Seja naquela liquidação de uma loja de departamento ou no sebo? Não há palavras pra explicar a sensação de pegar o disco, olhar pra ele, pagar e ir pra casa. Mesmo que você só vá escutá-lo horas depois, às vezes dias depois. O que importa é que você agora o tem, ele é seu!


E o dinheiro? De onde vem tanto dinheiro pra comprar essas coisas? Ah... vem de outros pontos do orçamento mensal. Não importa se você vai deixar de sair com os amigos (isso sempre se dá um jeito), não importa que esse mês você não tenha mais condições de ir a um restaurante legal (isso fica pra depois) e não importa que suas roupas estejam surradas (pra que quero roupa se posso ficar em casa ouvindo meus discos?). E se for no cartão de crédito? Depois você resolve. Pra quem compra disco por prazer, os outros prazeres ficam em segundo ou até terceiro plano. Claro que aquele momento de prazer acaba, mas volta assim que você encontrar o próximo disco.

sábado, 25 de setembro de 2010

Sobre o tempo... time flies...

"O sol continua relativamente o mesmo, mas você está mais velho, com menos fôlego e um dia mais próximo da morte" - Essa frase é de Roger Waters e está na música Time do clássico álbum Dark Side Of The Moon do Pink Floyd.

Ela ilustra o que venho percebendo há algum tempo. Os meus ídolos musicais estão envelhecendo... claro que isso é normal, todo mundo que está vivo está envelhecendo... porém grande parte das bandas e músicos que ouço são oriundos dos anos 60 e 70 e agora estão com no mínimo 60 anos...

Ontem eu estava vendo um DVD sobre a gravação do Exile On Main St. (disco lançando pelos Rolling Stones em 1972) e fiquei meio assustado ao ver como Keith Richards e Charllie Watts estavam velhos... aí lembrei que a cada disco, cada imagem que vejo dos meus preferidos trazem alguém que está mais velho...

Eu venho me "preparando" pra perder meus ídolos a qualquer momento, mas confesso que não foi fácil receber a notícia da morte de George Harrison em 2001 ou de Richard Wright em 2008. Sei que vai chegar o dia de Paul McCartney, Ringo Starr, Mick Jagger, Keith Richards, Roger Waters, David Gilmour, Jimmy Page, Chico Buarque, Brian Wilson. David Bowie... caso eu não vá antes, pela “lei da natureza” eles irão primeiro, até porque todos passaram dos 60 anos e eu ainda estou nos 32...

Lamento não ter “visto” John Lennon, Jimi Hendrix, Brian Jones, Miles Davis... esses foram cedo demais...

Esse é um dos impactos de um artista, mesmo longe geograficamente, estão perto nas músicas e imagens que a gente recebe... e a gente se importa, pelo menos eu me importo...

O tempo vai...

domingo, 19 de setembro de 2010

Top 5 – Shows que eu queria ter visto – Parte I

A idéia nasceu numa manhã de sábado em que eu escutava o acústico do Nirvana depois de muito tempo. Fiquei pensando “putz, como eu queria ter visto esse show”, rapidamente uma lista me veio a mente com os shows que eu gostaria de ter presenciado... aí vai a primeira parte...

George Harrison – The Concert for Bangladesh (1971)

O primeiro concerto beneficente já feito. George Harrison convidou amigos e parceiros para fazer um espetáculo em nome de Bangladesh, local de nascimento de seu grande amigo Ravi Shankar. Ringo Starr cantou seu então hit, a excelente It Don´t Come Easy, mostrando que uma carreira solo sairia do “quarto” Beatle; Leon Russel fez um medley com Youngblood e Jumpin´ Jack Flash; Billy Preston empolgou com That´s The Way God Planned It e Shankar apresenta uma longa peça indiana. Bob Dylan (que só confirmou presença quando entrou no palco), executou Blowin’ In The Wind, The Times They Are A-Changing, Mr. Tambourine Man e Just Like a Woman. George Harrison fez uma apresentação esplendorosa com músicas da sua então recente carreira solo como Beware of Darkness, My Sweet Lord e Bangladesh e os clássicos absolutos dos Beatles Here Comes the Sun, Something e While My Guitar Gently Weeps. Tudo isso com a participação de um guitarrista chamado Eric Clapton! Mais histórico que isso, quase impossível...


The Beatles- San Francisco (EUA) - 1966

Entre as apresentações mais famosas dos Beatles estão as do programa televisivo de Ed Sullivan em 1964, maior audiência da TV americana até aquele momento; a apresentação no Hollywood Bowl em 1965 em Los Angeles – recorde de público e primeiro show em estádio; o concerto do Budokan no Japão em 1966; a primeira apresentação televisiva via satélite cantando All You Need Is Love em 1967 e o clássico Show do Telhado (Rooftop Concert de 1969). Porém eu queria mesmo ter visto o último show ao vivo em agosto de 1966 no Candlestick Park em San Francisco. Eles já estavam cansados de fazer turnês e ali encerraram uma maratona que durava praticamente 9 anos ininterruptos. Foi um marco na carreira da banda!

Nirvana - Unplugged MTV (1994)

Show que motivou essa lista, teve um impacto muito forte pra mim. Comecei a ouvir Nirvana na minha pré-adolescência e acho quase impossível que uma pessoa de 13 anos que se interessasse em rock´n´roll não se sentisse atraído por músicas como Smells Like Teen Spirit ou Lithium (clássicos do disco Nevermind de 1991). Porém, o acústico foi algo bem diferente do que eles normalmente faziam (e confesso que não gostava do Nirvana no palco, principalmente pelas apresentações erráticas e agressivas com o público de Kurt Cobain). Ouvir Oh Me, Plateau, Lake Of Fire e as versões de Polly, Come As You Are e The Man Who Sold The World foi uma grata surpresa. Essa última ainda me emociona. Foi a partir dela que descobri um dos artistas que mais gosto e respeito: David Bowie! Era o Nirvana se despedindo...

Led Zeppelin - Knebworth - 1979

Era o Led Zeppelin na sua reta final. Os dias do Led Zeppelin II, Led Zepellin VI, Houses Of The Holy e Physical Graffiti tinham ido... agora era pra se contentar com o inócuo In Though The Out Door! E se não estavam tão inventivos no estúdio, no palco parecia que uma nova era começava... os anos tocando juntos davam ao quarteto uma dinâmica impressionante. Achilles Last Stand é uma das coisas mais bem feitas que eu vi até hoje ao vivo; Kashimir é um convite à uma viagem mental mesmo no DVD, fico imaginando vendo e ouvindo lá; Rock And Roll está na sua melhor versão ao vivo e Whole Lotta Love parece reinventada no palco, principalmente na sua segunda metade. Como pode uma banda fazer isso? Não sei, melhor nem saber... John Bohan se foi... Jimmy Page e Robert Plant gravaram e tocaram juntos várias vezes depois disso, algumas delas com John Paul Jones, mas nada como naquelas duas noites de 1979!


Pink Floyd The Wall Live (1981)

Meu disco preferido é o Wish You Were Here, para mim o mais bem feito é Dark Side Of The Moon, acho o The Piper At The Gates Of Dawn aburdamente fantástico, porém é impossível um fá do Pink Floyd não gostar do The Wall. Não vou entrar nos problemas que envolviam a banda naquele momento e a irregularidade entre as músicas. Mas seja o que for que gerou um show como o The Wall, veio de mente(s) criativas(s) e perturbada(s). Contar uma história de alguém se isolando do mundo pode até parecer fácil no disco e no filme, mas no show... Ver uma banda executando as músicas enquanto um muro se constrói deixando a platéia sem “ver” os músicos é audacioso e, ainda, executando apenas músicas recentes, esquecendo os clássicos já feitos parece realmente loucura... tudo isso e as excelentes versões ao vivo é o The Wall Live. Fica aqui registrado apenas o lamento desse show não ter chegado em DVD até hoje. I wish I was there...

Em breve a parte II


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