domingo, 29 de agosto de 2010

Mestre!

Hoje é uma data significativa para mim. Há quatro anos eu me tornava Mestre. Hoje é algo normal, mas quando entrei na universidade com 17 anos, ser mestre era algo quase inalcançável.

Meus professores eram mestres, os autores que eu lia eram mestres.


Em 1996, não havia ainda essa quantidade de doutores e doutorandos. Então, desde cedo eu me preparei pra fazer mestrado. Investi cada semestre da minha graduação em temas que poderiam ser úteis no mestrado; fui monitor (por um semestre); bolsista de extensão (por dois semestres) e bolsista de projeto de pesquisa (por quatro semestres). Além de trabalhar auxiliando pesquisas de outras pessoas. Fui construindo um currículo com publicações, participação em mini-cursos, congressos, etc.

Quando terminei a graduação, ainda com 21 anos, não me sentia preparado para fazer o mestrado. Mesmo ouvindo de vários colegas e professores que eu deveria fazer a seleção, não era a prova que me preocupava, era ser mestre. Então esperei. Fui trabalhar num grande projeto financiado pelo governo britânico, onde praticamente fiz outra graduação de tanto que aprendi. Lá pude publicar livro como primeiro autor e viajar para fazer pesquisa na Inglaterra.

Em 2003, me sentia pronto pra fazer o mestrado. Praticamente descartei tudo aquilo que havia aprendido e investi numa linha de pesquisa que eu nunca tinha trabalhado. Assim, eu faria algo que me desse prazer e seria realmente um desafio. Fiz a seleção, passei, entrei e iniciei um dos períodos mais difíceis da minha vida profissional. Não vou ficar fazendo longos comentários sobre os dois anos no programa de pós-graduação até porque hoje é um dia de celebração.

Mas nesses dois anos eu perdi meu orientador que faleceu por conta de um câncer; tive a minha bolsa suspensa por dois meses por erro dos outros; perdi quatro meses de prazo porque a minha turma precisava se ajustar aos prazos dos órgãos de fomento e tive um orientador que não demonstrou interesse em seguir com o trabalho. Porém, me concentrando nas coisas boas, tive um excelente co-orientador que acompanhou todo o trabalho e abriu portas para mim; fiz um trabalho inédito dentro da minha área (o que só pedem no doutorado) e tive a defesa mais tranqüila que vi até hoje. Quanto à defesa, estava lá um dos maiores pesquisadores de todos os tempos: Manuel Correia de Andrade!

Em 29 de agosto de 2006 eu defendia minha dissertação, dois meses depois colava grau.

Hoje percebo a pressão para fazer doutorado, esse dia ainda vai chegar... e até lá, eu ainda sou aquilo que sempre quis ser quando me tornei universitário: Mestre!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

E a imprensa?

As informações sobre o futebol chegam até as pessoas quase sempre pela imprensa. É lamentável, no entanto, que a imprensa brasileira, em geral, seja tão ruim! Quando digo ruim, aí incluo o despreparo dos profissionais, suas incoerências, seus conchavos, perseguições, revanchismo, etc.

Creio que a imprensa esportiva precisa trabalhar em duas frentes. A primeira diz respeito aos jogos e campeonatos, discutindo esquema tático, alternância de jogos, qualidade do jogador, jogadas ensaiadas, jogadas inesperadas, substituições, atuação do técnico, treinos, escalações desempenho dos árbitros, enfim, tudo aquilo que tem a ver com os jogos. A outra frente deveria trabalhar as questões políticas, sociais, econômicas, culturais e até religiosas que envolvem o futebol. A segunda frente é muito mais difícil.

Quando a gente lê jornais e revistas brasileiras, percebemos a péssima qualidade, em geral, dos textos sobre os jogos e, ainda pior, quando analisam os demais aspectos. A coisa melhora um pouco, na imprensa dita especializada.

Faço aqui uma ressalva que o Brasil possui EXCELENTES jornalistas. Daqueles que conseguem transitar em todos os níveis do esporte, investigando, informando e analisando. Uma pena que sejam tão poucos.

Eu tenho o privilégio de acompanhar futebol através dos canais ESPN e SporTV que possuem grande parte dos melhores profissionais do ramo no Brasil e, mesmo assim, estou insatisfeito.

sábado, 7 de agosto de 2010

Top 5 - Lojas de Discos

Adoro comprar discos! Toda cidade que visito, procuro algumas lojas e, infelizmente, percebo que hoje estão cada vez mais escassas. Pensando nisso, fiz uma lista das 5 lojas que mais marcaram a minha vida de comprador de discos. Essa lista não obedece nenhuma ordem

Amoeba Music

A maior loja de Discos do mundo (segundo a sua propaganda) foi a melhor coisa que eu vi em Los Angeles! Verdade, calçada da fama, Hollywood, Beverly Hills, Paramunt Studios, etc. Nada me causou tanto impacto como essa loja. E posso dizer isso tendo no currículo a Tower Records e HMV de Londres e a Galeria do Rock em São Paulo. Essa loja tem praticamente tudo que se procura e em grande quantidade! Novos e usados, CDs, DVDs, VHS, fica cassete, livros, revistas, lp’s e até 45 rotações! Além de semanalmente apresentar shows gratuitos... confesso que fiquei nervoso quando entrei nela... ainda pude conhecer suas duas filiais em San Francisco e Berkeley, mas nada se compara a Amoeba de Los Angeles!

Livraria Cultura

Esse ambiente foi uma das melhores aquisições de Recife. Parecia um sonho poder entrar numa loja que vendia CDs nacionais e importados. No mesmo local, era possível encontrar o disco regional que o artista cedia em consignação; o novo CD da novela das 9 e aquele disco importado de um artista que, aparentemente, só você e mais 3 pessoas no Brasil conhecem. Comprei muita coisa nessa Livraria, visitava-a semanalmente e, às vezes, mais de uma vez, cheguei a conhecer quase todos os vendedores! Foi a partir dela que incrementei muito a minha coleção. E. no mesmo ambiente, ainda se pode comprar DVD’s e livros! Minhas finanças foram abaladas...

Pop’s Discos


Uma loja pequena dentro de uma galeria discreta numa das ruas mais freqüentadas por músicos em São Paulo, a Av. Teodoro Sampaio. Eu a encontrei porque estava andando meio sem destino numa viagem em 2007. Costumo fazer isso sempre. Aquele amontoado de CDs cuidadosamente catalogados e armazenados com preços bem abaixo do normal parecia um presente para um comprador compulsivo (como eu). Comprei tanto na minha primeira vez que quase pago excesso de bagagem de São Paulo para Recife. Sempre que vou a São Paulo, é parada obrigatória.


Vinil Alternativo Discos

É uma das poucas lojas sobreviventes em Recife depois da proliferação dos downloads e pirataria. A Vinil, situada na Rua 7 de Setembro no centro de Recife, talvez seja a loja mais importante da minha coleção. Compro nela desde 1992 quando adquiri o meu exemplar em LP do Revolver (primeiro post desse blog). Lembro que ainda adolescente, eu mantinha uma conta em que podia comprar fiado! Algo impensável atualmente com as facilidades de cartões de crédito e a pilantragem de muita gente! Cerca de 15% do meu acervo foi comprado lá e ainda hoje a visito sempre que vou a Recife.

O Disco de Ouro

Mais uma das lojas remanescentes e tradicionais de Recife, situada também na Av. 7 de Setembro. Essa tem um impacto muito grande na minha adolescência. Sempre fui muito bem atendido pelo seu dono e a freqüentava mesmo sem comprar nada, apenas pra bater papo e conhecer fãs de discos. Gostava tanto do ambiente que em alguns momentos comprei cd´s mais caros só por estar ali.

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