terça-feira, 29 de março de 2011

Crítico, Crítica e um Rato!

De muitas maneiras, o trabalho de um crítico é fácil. Arrisca-se pouco e tem-se o prazer de avaliar com superioridade os que submetem seus trabalhos e reputação. Os críticos prosperam com críticas negativas que são até divertidas de se escrever e ler. Mas a dura realidade que os críticos têm que encarar é que no quadro geral, a mais simples porcaria talvez seja mais significativa do que a crítica. Porém, em alguns momentos, um crítico arrisca-se de fato em alguma coisa como quando descobre e defende uma novidade. O mundo geralmente é hostil e indelicado com os novos talentos, as novas criações. O novo precisa ser incentivado. Ontem à noite eu experimentei algo novo. Algo que conseguiu abalar a minha estrutura. Nem todos podem se tornar um grande artista, mas um grande artista pode vir de qualquer lugar. É difícil imaginar origem mais humilde do que esse gênio que é, na opinião deste crítico, nada menos do que o melhor...




Esse texto (FANTÁSTICO) foi retirado do filme Ratatouille, uma animação em longa metragem... de onde a gente menos espera, realmente pode surgir algo genial...

segunda-feira, 21 de março de 2011

Herbert de Perto!

Herbert surpreendeu o mundo musical nos anos 80 quando, ao lado de Bi Ribeiro e João Barone, encabeçava uma das principais bandas brasileiras. Nos anos 90, vivenciou o auge com os discos Vamo Batê Lata, 9 Luas e Hey Na Na, mas é no século XXI que Herbert entra para o seleto grupo das pessoas que despertam bons sentimentos em quase todos que o veem.

Ele morreu e voltou!

Um acidente grave, a morte da sua esposa, seu coma, paraplégico, cadeira de rodas... Mas ele volta ao palco cantando novas composições. Roteiro de cinema e tudo verdade.

Herbert recebeu um documentário que procura mostrar um pouco do que foi e é sua vida. Nesse quesito, é pouco impactante porque a vida dele sempre esteve aos nossos olhos, nada do que é apresentado é novidade.

Porém “Herbert de Perto” é essencialmente emotivo. As reações, angústias, frustrações no rosto de Herbert são filmandas com um cuidado impressionante... e às vezes ele parece tão distante que contrasta com o título... Não apela em busca de nossas lágrimas, mas é eficiente nisso...

Se fosse Herbert estadunidense seria um ícone pop mundial, com toda certeza! Pra nossa sorte, é brasileiro!

terça-feira, 15 de março de 2011

Fuja da Baleia!

Por: Luis André Negrão

Eu amo cinema e confesso que tenho assistido um monte de coisas que nem sempre são boas. Recentemente tenho me dedicado a rever filmes dos anos 80 e 90. Enfim, um dia escavacando os lançamentos do cinema para 2011 eu me deparei com um cartaz que me chamou a atenção: Moby Dick 2011.


Nossa!!! Eu lembro que quando era pequeno, meu tio tinha uma coleção de clássicos de grandes autores internacionais. Um deles era Madame Bovary, que eu cheguei a roubar dele, li e gostei. Mas lembro bem de Moby Dick. Perguntei à minha mãe do que se tratava e ela me fez um resumo da história que me chamou a atenção. Minha imaginação ficou mais aguçada quando passei a assistir o desenho animado vespertino da Hannah Barbera com uma baleia branca que combatia o mal.


Mas caso você que lê este artigo esteja querendo saber algo sobre esta história, aí vai um trecho que copiei da Wikipédia:


Moby Dick é um romance do autor americano Herman Melville. O nome da obra é o do cachalote enfurecido, de cor branca, que havendo sido ferido várias vezes por baleeiros, conseguiu destrui-los todos. Originalmente foi publicado em três fascículos com o título de Moby-Dick ou A Baleia em Londres em 1851, e ainda no mesmo ano em Nova York em edição integral. O livro foi revolucionário para a época, com descrições intricadas e imaginativas das aventuras do narrador - Ismael, suas reflexões pessoais, e grandes trechos de não-ficção, sobre variados assuntos, como baleias, métodos de caça a elas, arpões, a cor branca (de Moby Dick), detalhes sobre as embarcações e funcionamentos, armazenamento de produtos extraídos das baleias. (...) O romance foi inspirado no naufrágio do navio Essex, comandado pelo capitão George Pollard, quando este foi atingido por uma baleia e afundou.


Voltando ao filme: não resisti e terminei transgredindo a lei e baixei o filme pela net. Imaginei-me sentado na sala, comendo pipoca e assistindo o filme com meu filho uma história de grandes aventuras e com efeitos especiais magníficos.


Quando comecei a assistir trechos do filme para ver se o download havia ficado bom, tive um choque: havia uma cena que a imensa baleia engole um helicóptero que fazia um vôo rasante sobre o mar. Mas quando falo em engolir, não é engolir de mastigar e digerir os pedaços e sim engolir de quem é guloso e engole um brigadeiro numa festa. Detalhe; nenhum dente dela foi quebrado com o giro das hélices e nenhuma gotinha de sangue espirrou, constatando um ferimento causado por tanto metal engolido. Nessa hora eu atestei que tem gente que não tem realmente noção.


O diretor do filme (Trey Stokes) é um cara que parece ser muito bom com manipulação de maquetes, seus trabalhos mais famosos estão em Robocop, O Segredo do Abismo e Meu Marciano Favorito. Mas até aí não encontrei nada que ele houvesse dirigido. Então ele coloca um monte de gente que ninguém está acostumado a ver num filme que deveria retratar um doa maiores clássicos da literatura e que é um remake de um trabalho que tem o elenco encabeçado pelo espetacular Gregory Peck em 1956.


Confesso que depois que o helicóptero foi engolido passei a torcer para que houvesse algumas cenas legais de ação e que superasse aquilo que pode ter me causado um trauma com direito a analista e tudo. Mas daí vem o pior, existe uma cena em que os caçadores de baleia estão numa ilhota aguardando que ela dê sinais para que possam destruí-la com seus potentes rifles e ela simplesmente surge da areia do mar, (ela estava camuflada de chão!!!) ergue-se, recebe uma saraivada de balas, rasteja como se fosse um enorme leão marinho, contorna uma montanha e salta por cima desta por sobre seus algozes. (Será que ela teve aulas de saltos com a Free Willy?)


Eu sei que lendo, não dá pra ter noção do que é o filme, mas pra se ter uma idéia do tamanho da fera vale lembrar que ela engoliu um helicóptero numa única abocanhada!!! E então seria ela a causa de tsunamis? Seria ela a causa das ondas gigantes? Pelos meus cálculos, a baleia teria em torno de 70 a 100 metros de comprimento, o que me leva a crer que seria o maior exagero do cinema depois de Godzilla. Só que o lagartão é fruto de uma experiência atômica e tal...


Vamos lá... Vamos aceitar o tamanho da baleia, mas daí a ela rastejar na areia, saltar sobre montanhas, camuflar-se na areia e engolir helicópteros, sem sofrer danos... Isso a gente não tem que engolir. Sem falar que os efeitos são péssimos e a baleia emite um som gutural como um dinossauro, ou um monstro de ficção.


Portanto eu não recomendo a ninguém assistir este filme. O que se fez com Moby Dick foi um pecado, uma falta de respeito com um clássico da literatura e acima de tudo um insulto à inteligência do expectador.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Quarta-feira, sertão, 3 gols

Estádio pequeno, pessoas vestindo vermelho, preto e branco de um lado e um mosaico de cores do outro.

Há quem fosse ao estádio porque gosta de um time, um número maior foi pra torcer contra esse time.


O time da casa entra em campo com fogos e aplausos, o time visitante entra em campo apenas com os aplausos.


O time visitante fez 3 gols, o time da casa, nenhum.


O time visitante veio ao sertão, ganhou e voltou ao litoral. O time da casa amarga a derrota.


Sou do litoral, torcedor do time visitante. Mas moro no sertão, do time que perdeu.


Vale a identidade criada em 30 anos ou a mais recente?


Deveria ficar feliz ou triste?


Esquecendo o que deveria... vibrei, gritei e voltei pra casa muito feliz.


Na noite da quarta-feira de cinzas, viva ao time que procura sair das cinzas!


Viva o Santa Cruz!


Para maiores informações do jogo, clique aqui

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