quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Aquela canção da Cássia

Eu lembro daquela mulher... Entrou no palco com a cabeça raspada, camiseta e mostrando a língua para o público. Foi a primeira vez que a vi na minha frente. Cássia Eller começava seu show em Recife e eu já adorava seu trabalho há anos.

A sua presença de palco me causava grande admiração, seu repertório acompanhava meus dias e sua voz alternando a potência de um grito com a suavidade de um sussurro me arrepiavam. Cássia estava no seu melhor, sendo reconhecida pelo seu trabalho e respeitada por crítica e público. Mas naquele 29 de dezembro de 2001 ela foi embora.

Entre as coisas mais lindas que ela deixou, fico com seu sorrido e sua obra.

E hoje, 10 anos depois da sua partida, fico com aquela canção da Cássia.



domingo, 25 de dezembro de 2011

Um Top 5 de 2011


Com o fim do ano, a gente sempre pensa no que mais fez... Esse post é mais um Top-5, dessa vez sobre 2011. O que mais me impressionou

Nas letras:


Vida – Keith Richards (A melhor briografia que li)

Bowie – Marc Spitz (Outra excelente biografia)
Living In The Material World – Olivia Harrison (Livro basicamente de imagens raras do meu beatle preferido)
Milton Santos e o Brasil – Vários autores (O livro que mais teve minha atenção)
Passo A Passo (Francês) – Charles Berlitz (Uma excelente descoberta para quem pretender aprender esse idioma)


No som:


Your Love is Forever - George Harrison (Uma pérola que até pouco tempo não tinha dado atenção)

Who Feels Love – Oasis (Acho que a música que mais ouvi em 2011)
It Don´t Came Easy - Ringo Starr (Celebrando um beatle em Recife)
Eletrolite - R.E.M. (A música do ano)
I´ll Play The Blues For You - Albert King (Descobrindo o Blues através dela)


Na Imagem:


Life On Mars – Série (Sem dúvida, umas das melhores séries que já vi)
Living In The Material World – Documentário (Esperava mais, mas o pouco foi suficiente)
Anos Incríveis – Série (Depois de anos, finalmente assisti tudo)
Cantando a Liberdade – Documentário (Uma grata surpresa, numa noite de domingo)
Tropa de Elite 2 – Filme (Me rendi a um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos)


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Acabem com o Barcelona! Não?!?!?

Eu não assisti ao jogo ao vivo porque o sono que me acompanha nas manhãs de domingo e a vontade de assistir a partida já sabendo do resultado me impediram. O “vareio” que o Barcelona deu no Santos não me surpreendeu, mas alguns brasileiros ficaram incrédulos...
Vejo brasileiros procurando um bode expiatório para a derrota do time de Neymar e Murici, a zaga não jogou bem; o ataque não funcionou; o meio campo sumiu, principalmente o tão badalado Ganso; o técnico não soube armar a equipe e faltou raça. Há aqueles que pregam uma revolução no futebol brasileiro. Estamos fazendo tudo errado! Futebol é o que o Barcelona faz, vamos lá aprender...
Mas esse Barcelona não pode ser parâmetro para o futebol! E não digo isso porque não gosto do futebol que eles praticam, pelo contrário. A conjuntura que criou essa equipe não acontece com facilidade. Eles subverteram as “leis” atuais do futebol.
Os resultados contra o Manchester United na final da Champions League, as seguidas vitórias contra seu maior rival, o Real Madrid e aula de tática e técnica dada sobre o Santos sustentam isso. Soma-se a isso o fato de ganharem 13 títulos em 16 disputados nos últimos 3 anos. É um time de espetáculo e resultado! Isso é possível! Então, não acho que seja assim tão fácil copiá-lo, mesmo que queiramos.
Seu técnico, extremamente sereno e tranqüilo, afirma que 9 jogadores vieram das categorias de base e, com uma humildade impressionante, diz que deu ouvido ao seu pai e avô que falavam da maneira que os brasileiros jogavam no passado... Já disse aqui antes, esse time é de Guardiola! E ele cada vez mais desperta minha admiração.
Para o futebol voltar ao “normal”, o Barcelona precisa acabar. É o time que precisa ser batido e abatido! Pelo bem do futebol como um todo, isso é necessário, pelo bem do futebol como um todo, mantenham essa equipe! Não?!?!?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Imersão - Parte 1! (O Lado Escuro)


Eu nunca concordei que o Pink Floyd fosse chamado de banda de rock progressivo. Acho que eles possuem algumas músicas que assim podem ser chamadas como Echoes, Shine On Your Crazy Doamonds, Dogs e Atom Heart Mother. Mas daí a ser uma banda como o Genesis, Yes e Emerson, Lake & Palmer é bem diferente. Creio que por falta de um rótulo mais óbvio, progressivo foi o melhor.
Hoje, tenho certeza que o Pink Floyd não é uma banda de progressivo. Passei a noite degustando o Box The Immersion Set do Dark Side of The Moon que, entre tantas coisas, contém 3 cd’s, 2 dvd’s e 1 blu-ray com apresentações ao vivo, documentário e várias possibilidade de áudio (LPCM, 5.1 e Quad Mix ) para se ouvir o disco.
Porém, o que mais me chamou atenção foi uma versão do álbum anterior ao que chegou ao mercado. Essa versão do Dark Side of The Moon, de fato, é progressiva. Em alguns momentos se parece com o melhor material das bandas que citei acima. Mas o grande diferencial é o acabamento.
O Dark Side que adoramos é uma das obras mais bem acabadas da história da música desde que o homem começou a compor. Qualquer descrição aqui é insuficiente quando comparamos as duas versões. É preciso apreciá-las. O Pink Floyd já havia criado uma obra genial, mas a transformou em algo superior...
O que me deixa ainda mais impressionado, é que esse nem é meu disco preferido deles. Esse posto fica com o Wish You Were Here por razões extremamente sentimentais.

Parte 2, aqui
Parte 3, aqui

sábado, 10 de dezembro de 2011

Eu vi o carrossel!

Hoje eu vejo o carrossel. Sem dúvida, o melhor time do século XXI.

O Barcelona não é de Messi, Xavi, Iniesta e Puyol. O time é de Pep Guardiola! Digo isso, sem medo. Guardiola vem dando uma aula de conhecimento técnico e, principalmente, tático. Não há José Mourinho ou Alex Ferguson que se compare à sua capacidade de organizar um time. Até mesmo quando perde, tem maior posse de bola. Vem ganhando títulos após títulos.

Soma-se isso as seguidas vitórias sobre seu maior rival, o bilionário Real Madrid. Vitórias incontestáveis, domínio absoluto com tempo para dar uma aula de futebol no final de cada partida, seja no seu campo ou no adversário.

Os jogadores trocam de posição o tempo todo, uma reinvenção muito melhorada do carrossel holandês dos anos 70. Os toques de bolas parecem de vídeo-game e a quantidade de alternativas de jogadas é impressionante.

Dá gosto de ver os jogos do Barcelona e em pensar que esse é um time que sempre tive ressalvas. Hoje fico maravilhado. Viva o futebol, viva Guardiola!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Não se faça de vitima!

Depois de falar sobre o “desabafador profissional”, refiro-me agora àquelas pessoas que adoram “se fazer de vitima”. Todo mundo conhece alguém assim, tenho certeza.

Normalmente, tentam atrair a simpatia dos outros aravés da pena que as pessoas podem desenvolver depois de ouvir suas lamúrias. E isso nada tem a ver com condição financeira ou as dificuldades que a vida impõe a cada pessoa.

O “se faz de vitima” geralmente exagera seus problema; acham que todos o perseguem; levanta falso; faz conjecturas equivocadas e tentam chamar atenção o tempo todo. É um inseguro por natureza!

Soma-se a isso o fato de não se preocuparem com a vida dos outros, afinal, a dele é a mais importante, ou como poderão dizer “é mais problemática”. Interessante que esse comportamento nunca acaba, mesmo que tudo esteja bem. Afinal, o “se faz de vitima” nunca está satisfeito, é um egoísta dos bons, mas se você disser isso, certamente ficarão chateado e contarão aos outros como você é insensível.

Conviver com pessoas assim é estar pisando em ovos o tempo todo, pois nunca sabemos quando eles vão “surtar” ou ficarem “chateados” com alguma coisa que fazemos ou dizemos.

Se você convive com alguém assim, fuja! É que faço... Se você é uma pessoa assim, veja a imagem abaixo e APRENDA!!!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Aquela canção de John!

O dia 8 de dezembro é sempre lembrado com tristeza, afinal, um doido assassinou John Lennon há 31 anos. Entre textos e fotos que falam da sua vida e obra sempre que essa data se apresenta, pouco se diz de novo, mas muito se fala com emoção.

E emoção sempre esteve presente na vida do fundador dos Quarrymen. E como todo mundo tem aquela canção que mais emociona...

Mind Gemes é a aquela canção que mais me emociona.





Mind Games

We're playing those mind games together
Pushing the barriers, planting seeds
Playing the mind guerrilla
Chanting the mantra, peace on earth

We all been playing those mind games forever
Some kinda druid dudes lifting the veil
Doing the mind guerrilla
Some call it magic, the search for the grail

Love is the answer and you know that for sure
Love is a flower, you got to let it, you got to let it grow

So keep on playing those mind games together
Faith in the future, outta the now
You just can't beat on those mind guerrillas
Absolute elsewhere in the stones of your mind

Yeah we're playing those mind games forever
Projecting our images in space and in time

Yes is the answer and you know that for sure
Yes is surrender, you got to let it, you got to let it go

So keep on playing those mind games together
Doing the ritual dance in the sun
Millions of mind guerrillas
Putting their soul power to the karmic wheel

Keep on playing those mind games forever
Raising the spirit of peace and love
Love...
(I want you to make love, not war, I know you've heard it before)

sábado, 3 de dezembro de 2011

Vivendo no mundo material

Depois de esperar uma eternidade (pelo menos para mim), finalmente assisti as duas partes do documentário Living In The Material World que narra a vida de George Harrison.

As quase quatro horas de imagens, músicas e depoimentos ainda são insuficientes para falar de George Harrison. Martin Scorsese bem que tentou e não creio que seja sua culpa, mas ficou tanta coisa de fora... Discos como o George Harrison (1979) e Cloud 9 (1989) nem foram citados. O seu envolvimento com a mulher de Ringo Starr e o processo de plágio de My Sweet Lord, tampouco. Quase não foi tratada também sua relação com John Lennon. No lugar disso, temos mais da metade do documentário direcionado à sua vida da infância até o fim dos Beatles. Para mim, esse é o grande equívoco. Claro que sua vida nos anos 60 foi muito mais intensa e importante para a música, mas isso já foi discutido e mostrado em grande volume. Eram os 31 anos seguintes, os menos conhecidos, que deveriam receber destaque.

Bom, mas falando do que está lá... Impressionante, fascinante, surpreendente e intrigante. Poderia procurar outras palavras, mas não expressariam o prazer de assistir Living In The Material World. Os depoimentos de Eric Clapton, Olivia Harrison, Ringo Starr e Dhani Harrison deixam uma pista do que foi George. Clapton narra o processo de “roubar” a esposa do amigo e de como ele foi cavalheiro; Olivia conta como foi “avaliada” por George antes de se tornar esposa; Ringo dá o depoimento mais bonito sobre quando o visitou, já no fim da vida, e contou que estaria viajando para Boston para uma cirurgia na filha e George, já bem fraco diz: quer que eu vá com você? (Ringo chora). Por fim, temos Dhani falando como foi crescer com o pai, a imagem dele ainda adolescente tocando guitarra com George no estúdio e depois se abraçando é linda.

As imagens inéditas são um deleite para os olhos dos fãs, principalmente da turnê de 1974 e as filmagens caseiras recebendo pessoas como Bob Dylan, Tom Petty, Roy Orbison e Jeff Lynne, os Traveling Wilburys, a segunda mais importante banda na vida dele.

O documentário termina com uma belíssima imagem de George se filmando no jardim que ele cuidou a vida toda após um belo depoimento de Olivia.

Pronto, acabou! Queria uma terceira parte, mas ela não virá... quem sabe os extras do DVD ajudem um pouco a minimizar a necessidade de ver mais...

Quem tiver interesse em baixar as duas partes do documentário, é só clicar aqui.

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