quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quarta-feira, sertão, 3 gols... mas só 1 meu!

Ano passado voltei pra casa feliz, esse ano foi bem diferente.

Naquela quarta-feira de cinzas de 2011 eu vibrei com 3 gols, nessa apena 1. Naquela quarta não lamentei gol sofrido, nessa foram 2. Naquela quarta tudo deu certo, nessa...

Uma quarta realmente de cinzas. Praticamente não acordei depois de um porre na terça-feira de carnaval e a ressaca me acompanhou por todo o dia e no caminho ao estádio à noite.

Meu time, o visitante, jogou mal. O time da casa, dentro das suas possibilidades, jogou bem. O árbitro jogou contra o meu time e a lisura de uma partida. Mas a derrota foi merecida.

A única coisa positiva é ver a torcida local feliz com a vitória de um time da cidade e não vibrando por times do sudeste!

Nessa quarta-feira de cinzas de 2012, senti saudade daquela quarta-feira de cinzas de 2011.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Paixão, Região e Futebol


Paixão não se explica, se sente!

Região é uma invenção humana!

Futebol é o esporte mais instigante!

Cada time de futebol está numa região, seja ela qual for. No caso do Brasil, temos cinco macro-regiões (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte). Todas as regiões riquíssimas culturalmente. Isso é fato. Cada região com seus times... Milhares de pessoas torcendo pelos times da sua região... Opa!!! Não é bem assim!

Mas por que a maioria dos brasileiros torce pelos times do Rio de Janeiro e São Paulo? É fácil, o Rio foi a capital do país por muito tempo. São Paulo é hoje o “centro” econômico. Mas isso não é suficiente porque as pessoas da região Sul torcem pelos times da região Sul! O Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, em sua maioria, torcem pelos times do Sudeste. O contrário raramente acontece!

A maneira mais fácil de dominar é pela cultura (e não pela belicosidade como se achava antes). A existência de regiões pressupõe a sobreposição de uma sobre a outra. No Brasil, o Sudeste “dita” como o resto do país deve falar, dançar, ler, ouvir e torcer!

Vivo numa região dominada por outra, mesmo que as pessoas não se sintam assim ou não percebam que isso acontece. Não acho que devemos ser bairristas, regionalistas ou qualquer outra coisa do tipo. Afinal, a cultura se transforma. Mas precisamos entender que quando estamos numa região que, direta ou indiretamente, sofre um domínio de outra, precisamos ficar de olhos abertos ao que nos chega!

Ame seu time, mas reflita que esse amor pode ter sido, de certa forma, planejado! E talvez não tenha sido o destino que colocou um time do Sudeste e não do Centro-Oeste na sua vida!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Rock errou?

Numa conversa com um amigo, ele me disse: “Strokes é a melhor banda de rock no século XXI”. Na hora, parecia que eu havia levado uma pedrada na cabeça e retruquei “eu ainda vou escrever sobre isso”. Pois bem...

Pensando rapidamente nos nomes mais famosos do rock (não necessariamente os mais importantes) me veio o que coloco a seguir.

Nos anos 50 (início do rock’n’roll) lembrei de Elvis, Chucky Berry, Bill Haley, Litlle Richards, Jerry Lee Lewis. Nos anos 60, a coisa fica mais nteressante, afinal são Beatles, Rolling Stones, The Who, Jimi Hendrix, Creedence, The Doors e Beach Boys. Aí chegamos aos anos 70 e nos aparece Led Zeppelin, Deep Purple, Pink FLoyd, Genesis, Black Sabbath e David Bowie.

Nos anos 80, começa a caída, mas mesmo assim U2, Police, Cure, Iron Maiden e R.E.M fazem bem. Nos anos 90, a queda é vertiginosa porque, mesmo com qualidade, Nirvana, Pearl Jam, Radiohead, Red Hot Chili Peppers e Smasshing Pumpikins não são a melhor coisa que o rock nos
deu...

Mas esse século? Realmente... tentei fazer uma pequena lista. Mas nenhum nome, nenhum nome que apareceu desde 2001 pode ser incluído numa lista com os demais listados acima. Fica ainda a ressalva que nem quis pensar no Brasil porque cair de Raul Seixas pra essas porcarias que nem escreverei o nome aqui é depressivo.

E não consegui concordar com meu amigo e não consegui retrucar. Mas fiquei preocupado, afinal o que houve com o rock’n’roll?

E ainda sou criticado por ouvir coisas “antigas”...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A Imersão - Parte 2 (Saudade)


O quarto era quente e úmido, as marcas de lodo eram visíveis na parte mais baixa da parede, próximas ao chão. No teto, as manchas das chuvas passadas e pela janela entrava o cheiro da maconha fumada nos fundos da casa.
Foi nesse ambiente que vivi alguns anos. Foi nesse ambiente que o Pink Floyd entrou na minha vida. Meu tio me apresentou alguns discos, depois eu segui a minha busca. Nas tardes, após a escola eu costumava deitar na cama e ouvir o LP Wish You Were Here e, desde então, seu tema principal, saudade, me fascinava. Eu devia sentir saudade da infância ou da vida adulta (que ainda viria) porque aquela época e aquele lugar não eram bons pra mim, assim eu pensava.
Na vida adulta, o Wish You Were Here estava presente sempre que eu precisava ouvir alguma coisa pra mexer com a emoção e foram dezenas de vezes que isso aconteceu... Assim, tornou-se um dos discos mais importantes na minha vida e Shine On Your Crazy Diamond a música preferida do Pink Floyd.
Eis que em 2012 chega a minha mão o segundo volume da série Immersion do Pink Floyd, o primeiro foi o Dark Side Of The Moon e o terceiro será o The Wall. Fico feliz em poder ouvir os outtakes preciosos, as imagens produzidas na época e o tratamento gráfico dado aos diversos itens incluídos (livros, réplicas de ingressos, postais, etc.).
Em meio a tanta “novidade”, manterei, contudo, a minha velha edição em CD, comprada com o dinheiro da mesada. Ela substituiu o LP do meu tio naquele 1995.
Claro que eu queria escrever um monte de coisas sobre ele, mas quem disse que eu consigo? Esse realmente não é um disco que eu consiga expressar em palavras... E não é que nesse momento bateu uma saudade daquele quarto.

Parte 1, aqui
Parte 3, aqui

Pode ler também

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