domingo, 25 de março de 2012

Ao povo de Chico City!

- Povo de Chico City…! Feliz, feliz, feliz, feliz… com a sua audiência! Pois bom, numa ocasião em 1927, eu estava de porre, naquele tempo eu bebia… Era safadim, safadim, bunitim!

- Mas bah, eu não quero saber de nada. De nada! Eu solto meu bode, mas prendo minha cabrita.

- Mas hein!? Depois eles dizem que o Coalhada é isso, que o Coalhada é aquilo… Agora sou hétero. Mordo você todinha! Porque jovem é outro papo! Eu sei o que estou fazendo.

- Gaaarotão! Você é idiota! Você é iiidiota!

- Pô, mãe! Eu sou jovem! Eu sou doooido por essa neguinha.

- Meu garoto! Vai dizer que você não trocava?!

- Pra outro homem até pode ser, mas pra outra mulher, nunca! Ainda mais com esse nariz… Eu ainda arrumo grana pra arrumar o meu nariz…

- Tá com pena? Leva pra você! Nós somos classe C, CLASSE C! É mentira, Terta?

- Afffe! Eu tô morta! Tanta gente é e não sabe. Eu doido pra ser e não consigo!

- Ca-la-da! Senta aí! Para com isso! Eu sou Haroldo, o hétero machão. Eu sou um símbalo sescual. Eu-eu trabalho na Globo, tá legal!? Minha vingança sará malígrina! Tenho horror a pobre! Quero que pobre se exploda!

- Primo, primo, você é uuuótimo!

- Sou! Mas… quem não é? Não creu neu, se finouce. É vapt-vupt!

- Só tem tan-tã! Só tem tan-tã!

- Que a paz de Tim Tones esteja em todos os lares. Alegria, alegria. Faça como eu: sorrrria… Techau!

- E o salário, ó!

Muito obrigado Chico Anysio!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Insegurança e amadurecimento em 10 anos


Olhando em retrospecto, as minhas piores lembranças estão nos anos 90, lugar da minha adolescência e certamente a década em que mais evoluí como ser humano. Eu a comecei como uma criança, passei pelos piores anos e me encontrei comigo mesmo muito cedo.
Foi no inicio dos anos 90 que vi uma família se desfazendo; a infância se acabando numa manhã de sábado; a adolescência chegando com todas as “complicações” que a acompanha; a solidão de não me encaixar no “novo mundo”; a decepção com alguns familiares; as transformações no corpo e na mente; a responsabilidade de não poder errar e, principalmente, o amadurecimento “a fórceps”.
Faltavam tantas pessoas e abundavam tantos revezes que era difícil entender como uma infância tão feliz se tornara uma adolescência tão difícil. E o que um adolescente que gosta de rock´n´roll faz numa década impregnada pelo axé, forró, sertanejo e pagode? Como viver num mundo de sentimentos tão hostis? Pra onde se vai quando nenhum lugar é bom?
A música e o cinema ocuparam quase todas as lacunas. As tardes ouvindo Beatles e Pink Floyd e as noites assistindo filmes eram a rotina. As manhãs perderam a graça, na verdade elas pertenciam a minha infância. Na adolescência, a madrugada era mais interessante. O silêncio, a temperatura mais amena e a tranqüilidade me atraíam.
Sem esquecer o mundo lá fora, eu me refugiei no melhor lugar: em mim mesmo! Os anos foram passando e eu desesperadamente queria que a adolescência acabasse! Para mim, era esse o problema, ser adolescente.
E então veio precocemente a Universidade e as mudanças começaram...
Descobri que era notívago e não preguiçoso; que o álcool em poucas doses era extremamente interessante; que o sexo poderia preencher tantas lacunas quanto à música e o cinema; que namorar apenas uma mulher era bem melhor que ficar com um monte; que havia mais pessoas que partilhavam dos mesmos gostos que eu; que viajar era tão bom quanto ficar em casa; que alguns membros da minha família eram valiosos e outros dispensáveis; que a companhia dos amigos era tão boa quanto a minha própria; que eu não precisava fazer o que eu não queria só pra me encaixar em padrões; que respeitar as escolhas alheias é respeitar a mim mesmo. Era como nascer novamente, sair do útero, mas conscientemente percebendo que entrava na vida adulta e o século XXI seria fantástico.
Encontrei minha turma, meus amigos, minha família, minha vida e meu lugar. Os anos 90 começaram com uma criança insegura e perdida e terminaram com um adulto mais maduro que os da sua idade.
E depois que eu consegui isso. Decidi me dar um tempo e ser adolescente.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Sai o ditador, fica o legado

Ele se foi, não morreu, ainda bem. Mas se foi para o bem do futebol.

O futebol do Brasil com ele ganhou vários títulos, mas perdeu sua identidade! Deixamos de ser tri-campão e somos penta! Uau! Mas, acho que isso aconteceria com ou sem ele.

Não se pode mudar o passado, mas acho que se voltássemos no tempo e não o deixássemos assumir o cargo, conquistaríamos mais. Mais título, mais lisura, mais transparência, mais honestidade!

Eu não me iludo, foi-se o Ricardo, mas fica a estrutura viciada, aliciada, corrupta, indecente e tantos outros adjetivos que mereceriam um post só para listá-los.

Mais um ditador caiu... Foi-se o Ricardo, fica a CBF que ele “organizou”.

Estou feliz pela sua ida, triste pelo seu legado!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Livro ou Revista? É Chico!

O formato externo é de livro, interno é de revista. Eu comprei pensando que estava comprando um livro, mas li como se estivesse lendo uma revista. É essa a minha impressão sobre “Para viver minha jornada”, livro (ou revista) escrito por Regina Zappa sobre a vida e obra de Chico Buarque.

São quase 450 páginas de fotos e informações, mas pouquíssimas análises. Um dos mais importantes músicas da história brasileira, recebe um livro que, nem de longe, faz jus à sua obra.

Mais da metade das páginas focam os anos 60 e início dos anos 70. O texto que já é superficial fica quase uma “revista de consultório médico” depois de sua metade. É justamente o Chico Buarque menos conhecido (anos 90 até hoje) que fica mais obscuro.

A autora fez uso de várias reportagens publicadas em revistas ao longo das últimas décadas. Isso talvez explique o texto raso. Sendo assim, recomendo as imagens que saem das mais famosas e apresentam um Chico que vai amadurecendo ao longo das páginas.

Se como livro é fraco, como revista, “Para seguir minha jornada” é fantástico!

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aula da saudade ou aula sobre a saudade!



Finalizar alguma coisa PODE nos trazer alegria (um trabalho árduo, uma etapa dos estudos), mas se despedir das pessoas que fizeram parte de maneira positiva dessa jornada é, necessariamente, triste.

Vi ontem pessoas começando a se despedir. A alegria estampada em seus rostos por estarem finalizando quatro anos de suas vidas dedicadas a um curso contrastava com “a ficha cair” por aqueles serem seus últimos momentos como um grupo. O vídeo acima foi um momento emocionante.

Era a aula DA saudade, mas poderia também ser chamada de aula SOBRE a saudade. A saudade que começam a sentir. Deixam de existir os encontros em todas as noites, os fins de semana nos estágios (que genialmente inovaram), as preocupações com avaliações e notas. Fica a identidade criada e, principalmente, cultivada por pessoas que, em sua maioria, não se conheciam.

Um grupo particular se singularizou! Isso é raro!

Vi um grupo tão coeso (mesmo com indivíduos de personalidade forte) chegando ao fim que, egoístamente, não queria que terminasse. Afinal, vai ser saudoso andar naqueles corredores sem encontrá-los.

A amizade, o companheirismo, a solidariedade, a alegria, a luta pela justiça que sempre esteve presente em seus quatro anos de convívio certamente permanecerá. Eles fizeram tudo ao seu jeito, reconhecem isso, venceram assim e se tornaram a esperança. Nasceu a turma da esperança!

Desejo que sigam suas vidas com as mesmas características que os acompanharam por esses quatro anos. Para mim, foi uma honra, um privilégio e um momento inesquecível na minha vida pessoal e profissional poder ter convivido com todos!

Deixo uma homenagem com Frank Sinatra!



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