domingo, 22 de abril de 2012

Paul McCartney foi Arretado!

E a quinta vez foi a melhor. O DJ com música dos Beatles em diversas versões, o telão com as colagens e as luzes se apagando para Paul McCartney entrar no palco com os braços levantados saudando a plateia. 


Tudo igual!

NÃO!

Estamos em Recife, minha terra natal e no estádio do meu time do coração!
Eu estou incrédulo, mas consigo acompanhar bem quase tudo. Até hoje, é o show em que estou mais tranquilo, menos ansioso e mais observador. Completamente controlado. Mas Paul tem seus truques e mesmo que os conheça, fui surpreendido. Mesmo sabendo toda sequencia de música e nunca ter chorado nos quatro shows que vi antes.
Maybe I’m Amazed tocada com aquela foto dele com um bebê no casaco coneguiu o improvável. Lembrei de muita coisa e imaginei muita coisa.. Enfim...

CHOREI!

Depois disso, esse foi o show da minha vida, fim da primeira parte!

Segundo dia, sem novidades. Minha cidade natal, estádio do meu time e eu já conheço tudo a ponto de me preparar para não chorar naquela música (aquilo foi algo esporádico, é claro).
Mas ver Paul com minha família? Ih... Complicou. É nisso que dá ter ganhado os ingressos da minha querida amiga Cláudia Tapety. Estavam lá minha mãe, irmão, grandes amigos, primo e minha mulher (que está carregando nosso primeiro filho). Sai ileso em Maybe I’m Amazed, mas aí veio Something e ouvir a música do meu Beatle preferido, abraçando minha mulher e sentindo sua barriga encostada em mim foi demais.

CHOREI DE NOVO!

Depois disso, não sei mais qual foi o show da minha vida. Rendo-me a Paul e todos os seus encantos, talentos, truques e carismas.

Qualquer dia, escrevo um texto mais objetivo sobre esse show! Por enquanto não dá. 








segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Separação - Parte 2

continuando...

Entretanto, a separação pode ser vista como algo positivo, pois não gera, necessariamente, coisas ruins. Em alguns momentos, separar é a melhor maneira de seguir bem sua vida.

Um exemplo de uma separação positiva está nos discos Different Gear, Still Speeding e High Flying Birds do Beady Eye e Noel Gallagher, respectivamente. O primeiro é dos componentes remanescentes do Oasis, o segundo é do principal compositor da mesma banda.

Pensando assim, pude ver como a separação do Oasis foi boa. Afinal, acabou-se aquele lenga-lenga de brigas entre os irmãos que encheram o saco de quem gostava das suas músicas. Different Gear, Still Speeding é um excelente disco de pop, descompromissado e, surpreendentemente, simples e agradável. Não está aí o peso de todas as harmonias e letras pessoais de Noel. Em compensação, High Flying Birds é um disco bem introspectivo, denso e repleto de sons e truques de estúdio. Falta a ele a leveza dos vocais de Liam. O primeiro é Oasis sem Noel, o segundo é Noel sem Oasis. Isso fica claro em todas as faixas.

Eu gosto de discos descompromissados, eu gosto de discos densos. Para uma época em que o Strokes é tida como a melhor banda do século XXI, fico com o pessoal do século passado.

terça-feira, 3 de abril de 2012

O Espetáculo do Século XXI


Roger Waters interage com o muro que interage com a plateia que fica fascinada. As caras de incredulidade aumentam o tempo todo. Pessoas chorando, gritando e de queixo caído estavam em toda parte.

Waters é o dono do show, mas o muro que vai sendo construído ao longo da apresentação e serve como um gigantesco telão é tão igualmente protagonista. Não é apenas um show para se ouvir, ver é igualmente impactante. As imagens não apenas complementam a música, mas dão vida a elas.

Passei 32 anos sonhando com o The Wall ao vivo (desde sua execução em 1980 quando eu tinha 2 anos de idade). Para minha surpresa e alegria, Roger Waters realizou meu sonho em 2012. Depois de ver seu show em 2002 (o primeiro de um artista internacional que pude presenciar), estar em mais uma apresentação dele era algo impensado. Mas, nesses últimos dois anos, o inimaginável faz parte da minha vida o tempo todo. Sorte minha!

Ingresso caro, viagem, filas, horas em pé... Tudo isso valeu à pena e como valeu. O espetáculo que assisti está muito além do que as minhas palavras podem descrever. A experiência de presenciar um concerto em que as apresentações ao vivo estão sendo reinventadas é se sentir na vanguarda. Em pleno século XXI, Waters transforma uma obra escrita nos anos 70 em algo atual em conteúdo e forma.
Segue uma pequena descrição:

A abertura (In The Flesh) mais fantástica que já vi com até um avião se chocando com um palco; a primeira sequencia em que o muro é protagonista (The Thin Ice); um coral de crianças e as mensagens no muro (The Happiest Days of Our Lives / Another Brick In The Wall Part II); uma novidade acústica (Another Brick In The Wall Part II); um dos melhores momentos do show com o “Nem Fudendo” no muro e Waters cantando com ele mesmo mais novo (Mother); a animação do filme e o bombardeio de símbolos como o M da McDonalds ou a Estrela de Davi (Goodbye Blue Sky); o rock de arena (What Shall We Do Now? / Young Lust); o isolamento e mais um show do muro (Don’t Leave Me Now / Another Brick In The Wall Part III) até o término da primeira parte com Waters cantando por uma fresta do muro (Goodbye Cruel World)

INTERVALO

A banda tocando por trás do muro (Hey You), a primeira abertura nos tijolos (Is There Anybody Out There); a segunda abertura (Nobody Home); mais shows do muro (Vera e Bring The Boys Back Home); momento mágico de Waters e do muro (Comfortably Numb); Pink chega ao palco e
executa uma sequência fantástica (The Show Must Go On / In The Flesh / Run Like Hell / Waiting For The Worms / Stop); o porco inflável com a mensagem “O novo código florestal vai matas as florestas do Brasil"; um show vocal e teatral de Waters (The Trial) e todos juntos homenageando a plateia e encerrando o show (Outside The Wall).

No final, a plateia cantava “Olê, Olê, Olê, Roger, Roger”, os músicos improvisaram cantando e tocando junto. Belíssima homenagem. O muro cai e alguns tijolos chegam até a plateia, consegui um pedaço, ficará de recordação!
Essa sequência ficará para sempre na minha mente. Tenho as fotos e alguns vídeos para ajudar, mas nem mesmo se um DVD for feito com o registro desse show poderá capturar a sua essência, suas contradições, sua relevância, seu impacto e como Waters e sua equipe revolucionaram um espetáculo ao vivo. Valeu cada real, valeu cada minuto.












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