Depois daqueles quatro
cantarem I Want To Hold Your Hand, She Loves You, All My Loving e Twist andShout de forma tão impressionante, mais e mais bandas com a mesma “fórmula”
(cantores jovens com cabelos “grandes”, sotaque britânico e músicas inspiradas
nas bandas estadunidenses) eram procuradas. Com isso, nomes como RollingStones, The Who, Yardbirds, Animals, Hollies, e
Kinks começam a se destacar no lado de cá do Atlântico
fazendo um contraponto a Bob Dylan, Beach Boys e Elvis. É comum nas enciclopédias
de rock ou em biografias de artistas da época esse tema aparecer.
Indo além da música, o
cinema britânico, o teatro britânico, os livros britânicos e quase tudo que
parecesse jovem e britânico chamava atenção. Foram nos anos 60 que o
adolescente foi “inventado” e, com isso, todo um novo filão para o consumo.
“Invasão Britânica – A Música,O Tempo, A Era” de Barry Miles (autor da biografias dos Beatles, Frank Zappa,
Pink Floyd e Jack Kerouac) discute esse momento com um texto ágil, informativo
e claro. Além de toneladas de fotos em impressão excelente de nomes como Pink
Floyd, Led Zeppelin, Jethro Tull, Little Richards e os já citados acima.
Miles faz um recorte
temporal que vai do fim dos anos 50 até o final dos 60, tratando de todo o
contexto dos EUA e Inglaterra naquele momento. Contextualiza, analisa e reflete sobre a década em que os EUA foram mais britânicos desde a sua independência do antigo colonizador.
Quem gosta de cultura
pop certamente vai adorar esse livro de capa dura e mais de 300 páginas. O
único inconveniente é não termos uma edição em português. Mas como aqui as
edições são quase sempre inferiores graficamente às originais, fique com a
estadunidense.
Como seria bom ter livros assim sobre o Brasil!