segunda-feira, 28 de maio de 2012

Invasão Britânica

Quem gosta de rock´n´roll certamente em algum momento já viu ou ouviu a expressão “InvasãoBritânica”. É um termo utilizado para descrever os anos que sucederam o impacto da chegada dos Beatles nos EUA em 1964.

Depois daqueles quatro cantarem I Want To Hold Your Hand, She Loves You, All My Loving e Twist andShout de forma tão impressionante, mais e mais bandas com a mesma “fórmula” (cantores jovens com cabelos “grandes”, sotaque britânico e músicas inspiradas nas bandas estadunidenses) eram procuradas. Com isso, nomes como RollingStones, The Who, Yardbirds, Animals, Hollies, e Kinks começam a se destacar no lado de cá do Atlântico fazendo um contraponto a Bob Dylan, Beach Boys e Elvis. É comum nas enciclopédias de rock ou em biografias de artistas da época esse tema aparecer.
Indo além da música, o cinema britânico, o teatro britânico, os livros britânicos e quase tudo que parecesse jovem e britânico chamava atenção. Foram nos anos 60 que o adolescente foi “inventado” e, com isso, todo um novo filão para o consumo.
“Invasão Britânica – A Música,O Tempo, A Era” de Barry Miles (autor da biografias dos Beatles, Frank Zappa, Pink Floyd e Jack Kerouac) discute esse momento com um texto ágil, informativo e claro. Além de toneladas de fotos em impressão excelente de nomes como Pink Floyd, Led Zeppelin, Jethro Tull, Little Richards e os já citados acima.
Miles faz um recorte temporal que vai do fim dos anos 50 até o final dos 60, tratando de todo o contexto dos EUA e Inglaterra naquele momento. Contextualiza, analisa e reflete sobre a década em que os EUA foram mais britânicos desde a sua independência do antigo colonizador.
Quem gosta de cultura pop certamente vai adorar esse livro de capa dura e mais de 300 páginas. O único inconveniente é não termos uma edição em português. Mas como aqui as edições são quase sempre inferiores graficamente às originais, fique com a estadunidense. 
Como seria bom ter livros assim sobre o Brasil!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Campeão!


De um lado, o time com maior quantidade de títulos, folha de pagamento de R$1.500,00, mais pontos no campeonato, jogando em casa, podendo apenas empatar e no dia do aniversário!

Ah, mas o futebol não é esporte mais popular do mundo por acaso, do outro lado temos:

O time com menos título, menos pontos, folha salarial três vezes menor, jogando fora de casa e precisando vencer...

E vence!

Arrogância X Humildade! Prepotência X Pés no chão! Já ganhei X Vamos esperar o término!

Tentando fugir do maniqueísmo que esse post pode seguir porque, claramente, seu dono torce pelo segundo time.

Foi emocionante, comovente, tocante, extraordinário, admirável, formidável, respeitável, empolgante, fantástico, arrebatador, maravilhoso, magnífico,  primoroso, delirante, impressionante, breathtaking, à couper le souffle.. e Tantos outros adjetivos que não encontro agora para qualificar.

Uma final e um final como o que vi no domingo, 13 de maio de 2012 será difícil.

Parabéns ao Santa Cruz Futebol Clube! Parabéns a todos os seus torcedores. Parabéns!

sábado, 5 de maio de 2012

A Imersão - Parte 3 (Isolamento e Fim)


Acredito que uma pessoa adulta pelo menos uma vez na vida se sentiu isolada do mundo. Com isso em mente é fácil entender porque a obra The Wall é tão importante. É difícil encontrar alguém que não conheça pelo menos uma de suas músicas.


O The Wall é, em minha opinião, a obra mais atual do Pink Floyd. Num mundo em que cada vez mais nos relacionamos através do virtual, nos isolamos atrás de computadores e o contato humano passa a ser um mero detalhe, não é difícil fazer a ponte entre o Personal Computer e o Muro imaginado por Roger Waters.

Soma-se a isso, o fato do The Wall ter sido pensado em várias mídias: um álbum, um show revolucionário em seu conceito e um filme! Quando escutado ou visto atualmente soa exatamente como 2012. Poucas obras conseguem isso!

Eis que no dia em que assisto o show de “Roger Waters – TheWall” coincidentemente recebo o Box Immersion. Foi muito muro pra um dia só. E tal qual no Dark Side Of The Moon e Wish You Were Here,as versões Immersion do The Wall tem todos aqueles itens que nós adoramos e ainda a edição “Is There Anybody Out There?” já lançada (versão ao vivo do disco). 

Porém, o que mais me chamou atenção foram os dois CDs com demos, sobras e versões diferentes. É quando percebemos como Waters foi soberano no disco. Praticamente compôs tudo e ainda podemos ver demos dos seus próximos dois discos. Os rascunhos de músicas já mostravam a força das composições, as execuções dos primeiros takes apresentam uma banda madura e longe dos experimentos de antes. Cada um sabe o que fazer e fazem bem feito.

De todas as edições Immersion, a do The Wall é a mais impactante pelo material musical extra. Para mim, esse é o último disco do verdadeiro Pink Floyd, pois Final Cut, Momentary Lapse of Reason e The Division Bell, que são discos interessantes cada um à sua maneira, levam o nome da banda, mas são qualquer outra coisa...

Infelizmente, fim da imersão!

Parte 1, aqui
Parte 2, aqui

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