terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Professores nunca morrem

Os professores nunca morrem. vivem em nossa lembrança sempre. Eles estavam lá quando você chegou e quando foi embora. Como acessórios, às vezes, lhe ensinavam alguma coisa. Mas não era sempre. Nunca chegava a conhecê-los de verdade, nem eles a você. Ainda assim, por algum tempo, você acreditava neles. E, se desse sorte, talvez um deles acreditasse em você. Há professores que não parecem normais, são mais como uma força da natureza, um redemoinho matemático, um furacão de giz, sempre cheio de surpresa e nunca cediam. Você quer respeitá-lo e, principalmente, quer que ele respeite você. Alguns você admira, mas quer mesmo que eles admirem você.




Uma das falas de Kevin na série Anos Incríveis - quem quiser saber mais, vai ter que procurar e se deleitar com as historias da família Arnold. Será um tempo bem vivido!

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Daqui à 50 anos atrás

Eu tenho várias limitações motoras, o que me impede de fazer as coisas que eu quero e as que deixei de fazer; minha filha já tem sua própria família e não pode me dar a mesma atenção de antes; uma parte dos meus amigos já morreu e desde que isso começou a acontecer, não há um dia em que não pense quando eu irei também; a maior parte da minha família (pelo menos aqueles da minha geração) estão distantes ou morreram também. Vivo da minha aposentadoria, felizmente não me falta nada material dentro daquilo que sempre quis pra mim, o que não é muito. Eu tenho 85 anos.


Entretanto, o meu maior patrimônio é o imaterial! Não tive tantas oportunidades, mas aproveitei todas .

Trabalhei menos que a maioria das pessoas, mesmo assim contribuí muito, acho que o mais importante foi saber trabalhar e não fazê-lo em demasia. Nunca valorizei o dinheiro ou coisas materiais como casas, carros e grifes, usava meu dinheiro pra me dar prazer e não mostrar aos outros o que tinha, poucas pessoas entendiam. Tentei evitar ao máximo todas as vaidades, sentia que ela poderia me aprisionar às opiniōes dos outros. Procurei estar próximo (mesmo que longe fisicamente) das pessoas que me achavam importante.
Um dia vou morrer feliz e realizado porque acredito que tomei todas as decisões difíceis (certas ou erradas - mas isso só eu sei) pensando em viver. Eu realmente vivi antes de morrer.

Bom, eu ainda tenho 35 anos, mas penso dessa forma desde os 18, quando o li o texto Instantes de José Luis Borges. Eu pratico a sua reflexão para nunca escrever o que ele escreveu. 

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