quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Para Hiro e Diego, o privilégio de (con)viver.


Tenho pensado na mortalidade ultimamente. 

As notícias sobre mortes tem agora mais impacto na minha vida. Claro que desde a infância convivo com elas. Lembro claramente o dia em que meu pai me falou que minha avó havia morrido ou aquele meu colega de rua que foi assassinado por conta do tráfico de drogas. Fiquei muito triste quando George Harrison morreu e ainda sinto saudade do meu cachorro. Me recordo com tristeza a ida de uma das mentes mais brilhantes que conheci ou da minha maior referência acadêmica

Mas parece que a morte está cada vez mais próxima - não a minha, assim espero, mas de mim. E de todas as notícias de morte que recebi recentemente, duas me impactaram bastante. A de um senhor extremamente gentil e a de um aluno cheio de vida e simpatia. Com o primeiro foram duas semanas de convívio diário, com o aluno foram quatro meses de encontros semanais em sala de aula.

Impossível não pensar em todas as contribuições que aquele senhor deu às pessoas. Impossível não imaginar tudo que aquele jovem ainda daria ao mundo. Hiro e Diego nunca se conheceram e, provavelmente, nunca se conheceriam. Mas aqui na minha mente, eles convivem diariamente...

Saíram desse mundo deixando muita saudade. Sou grato por ter conhecido e convivido pelo menos um pouco com cada um. Lamento não ter tido mais tempo... E assim aumenta a certeza de aproveitar ainda mais o convívio de algumas pessoas. 

Um dia serei eu a partir, claro. Espero que quando esse momento chegue, eu seja uma boa lembrança para as pessoas com quem convivi. Viver é um privilégio, eu o tenho há 38 anos bem vividos. 

E para aqueles que continuam experimentando desse privilégio, vida longa e próspera!

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